segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Aquecimento Global

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Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.

A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.

Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento de poluentes, principalmente de gases derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, gás carbônico e monóxido de carbono, principalmente) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.

Conseqüências do aquecimento global
- Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;
- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas em nosso planeta;
- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.

Protocolo de Kyoto.
Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.

Reportagem da Revista "Mundo Estranho".
O QUE O AQUECIMENTO GLOBAL PODE CAUSAR NO BRASIL?

Floresta Ameaçada :

No Brasil, a onda de calor será mais intensa nas Regiões Centro-Oeste e Norte. E, Junto com o Calor, aumentam os riscos de incêndios e queimadas. A maior vítima disso, claro, é a floresta Amazônica, onde a mata fechada deve dar lugar a uma vegetação menos densa, como o cerrado.

Furacão 2100 :

É "muito possivel", segundo o IPCC(sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climaticas da ONU), que tormentas, Tufões e furacões sejam mais constantes e intensos(se hoje é ruim, imagina quando for mais intenso =/). O aquecimento aumenta os choques entre massas de ar de diferentes temperaturas, provocando fenômenos desse tipo. O furacão Catarina, que passou por Santa Catarina em março de 2004, parece ter sido apenas o primeiro resultado desse processo.

Entressafra :

O aquecimento global vai bagunçar as temperaturas, acabando com as diferenças entre as quatro estações, e tornando os veranicos - períodos secos em estações tipicamente chuvosas - mais frequentes. Com isso, safras inteiras podem ser perdidas por causa do calor e de chuva em excesso na hora errada.

Plantão Médico :

O ar, quente e seco, ficará mais dificil de respirar. Ao menos 300 mil pessoas morrerão a cada ano devido a doenças respiratórias. Brasilia , já famosa pelo clima seco, ficará inabitavel em algumas épocas. E não é só isso: como verão e inverno terão temperaturas parecidas, insetos transmissores de doenças como malária e dengue terão mais tempo para se reproduzir.

Não vai dar Praia :

O IPCC Prevê que o Nivel dos oceanos suba de 18 a 59 centímetros até 2010. Cidades Litorâneas do Mundo todo terão que construir barreiras para conter a água e ilhas correm o risco de desaparecer. A Ilha de Marajó, no Pará, não deve sumir nesse primeiro período, mas seu território sofrerá uma perda considerável: o Inpe prevê que 2 metros de elevação do nível do mar roubaria 28% do territorio da ilha.

Vidas Secas :

Com temperaturas mais altas, as regiões secas devem ficar ainda mais secas. O semi-árido nordestino pode deixar o semi para tras e ganhar o aspecto de um deserto. Resultado: menos plantas, menos animais e mais gente fugindo para as cidades maiores, que verão a pobreza crescer na sua periferia.

Teremos Toró :

Foi-se o tempo q São Paulo era terra de garoa. Daqui para a frente, a metrópole tende a sofrer com chuvas fortes - e, claro, enchentes constantes. Nas cidades do Sul e do Sudoeste, deve chover 20% mais do que chove hoje, e pior, as chuvas devem ser mais duradouras, já que mais água deve acumular nas nuvens.

Morte à Mata :

Os humanos podem fugir para lugares mais frios se a temperatura aumentar demais, mas os animais e principalmente plantas não têm a mesma sorte. Por isso, Estima-se que a mata atlântica, que ainda abriga uma cadeia alimentar bastante complexa, pode perder até 40% da sua biodiversidade atual.

Aquecimento Global e o Efeito Estufa:


O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre (não só numa zona específica, mas em todo o planeta) e tem preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs.

Há muitas décadas que se sabe da capacidade que o Dióxido de Carbono tem para reter a radiação infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim a temperatura terrestre por meio do Efeito Estufa, mas, ao que parece, isto em nada preocupou a humanidade que continuou a produzir enormes quantidades deste e de outros gases de Efeito Estufa.

A grande preocupação é se os elevados índices de Dióxido de Carbono que se têm medido desde o século passado, e tendem a aumentar, podem vir a provocar um aumento na temperatura terrestre suficiente para trazer graves conseqüências à escala global, pondo em risco a sobrevivência dos seus habitantes.

Na realidade, desde 1850 temos assistido a um aumento gradual da temperatura global, algo que pode também ser causado pela flutuação natural desta grandeza. Tais flutuações têm ocorrido naturalmente durante várias dezenas de milhões de anos ou, por vezes, mais bruscamente, em décadas. Estes fenômenos naturais bastante complexos e imprevisíveis podem ser a explicação para as alterações climáticas que a Terra tem sofrido, mas também é possível e mais provável que estas mudanças estejam sendo provocadas pelo aumento do Efeito Estufa, devido basicamente à atividade humana.

Para que se pudesse compreender plenamente a causa deste aumento da temperatura média do planeta, foi necessário fazer estudos exaustivos da variabilidade natural do clima. Mudanças, como as estações do ano, às quais estamos perfeitamente habituados, não são motivos de preocupação.

Na realidade, as oscilações anuais da temperatura que se têm verificado neste século estão bastante próximo das verificadas no século passado e, tendo os séculos XVI e XVII sido frios (numa escala de tempo bem mais curta do que engloba idades do gelo), o clima pode estar ainda a se recuperar dessa variação. Desta forma os cientistas não podem afirmar que o aumento de temperatura global esteja de alguma forma relacionado com um aumento do Efeito Estufa, mas, no caso dos seus modelos para o próximo século estarem corretos, os motivos para preocupação serão muitos.

Segundo as medições da temperatura para épocas anteriores a 1860, desde quando se tem feito o registro das temperaturas em várias áreas de globo, as medidas puderam ser feitas a partir dos anéis de árvores, de sedimentos em lagos e nos gelos, o aumento de 2 a 6 ºC que se prevê para os próximos 100 anos seria maior do que qualquer aumento de temperatura alguma vez registrado desde o aparecimento da civilização humana na Terra. Desta forma torna-se assim quase certo que o aumento da temperatura que estamos enfrentando é causado pelo Homem e não se trata de um fenômeno natural.

No caso de não se tomarem medidas drásticas, de forma a controlar a emissão de gases de Efeito Estufa é quase certo que teremos que enfrentar um aumento da temperatura global que continuará indefinidamente, e cujos efeitos serão piores do que quaisquer efeitos provocados por flutuações naturais, o que quer dizer que iremos provavelmente assistir às maiores catástrofes naturais (agora causadas indiretamente pelo Homem) alguma vez registradas no planeta.

A criação de legislação mais apropriada sobre a emissão dos gases poluentes é de certa forma complicada por também existirem fontes de Dióxido de Carbono naturais (o qual manteve a temperatura terrestre estável desde idades pré-históricas), o que torna também o estudo deste fenômeno ainda mais complexo.

Há ainda a impossibilidade de comparar diretamente este aquecimento global com as mudanças de clima passadas devido à velocidade com que tudo está acontecendo. As analogias mais próximas que se podem estabelecer são com mudanças provocadas por alterações abruptas na circulação oceânica ou com o drástico arrefecimento global que levou à extinção dos dinossauros. O que existe em comum entre todas estas mudanças de clima são extinções em massa, por todo o planeta tanto no nível da fauna como da flora. Esta analogia vem reforçar os modelos estabelecidos, nos quais prevêem que tanto os ecossistemas naturais como as comunidades humanas mais dependentes do clima venham a ser fortemente pressionados e postos em perigo.

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