domingo, 24 de janeiro de 2010

EFEITO ESTUFA / AQUECIMENTO GLOBAL

EFEITO ESTUFA/AQUECIMENTO GLOBAL

O uso de energia tem sido obtida sobretudo de combustíveis fósseis, como gás natural, o petróleo e o carvão. Essa utilização intensa dos materiais energéticos fósseis aliado à agricultura extensiva e outros fatores que alteram a biosfera, tem resultado num acréscimo mensurável da concentração de gás carbônico na atmosfera. Embora automóveis e usinas produtoras de energia contribuam com aproximadamente 5% do gás carbônico liberado em nações industrializadas, a devastação e queima de florestas tropicais em países como o Brasil é outro grande contribuinte.

Desde 1860, entre 90 e 180 bilhões de toneladas de carbono foram liberados na atmosfera em decorrência de queimadas em desmatamentos acrescidos de 150 a 190 bilhões de toneladas devido à combustão de carvão, petróleo e gás natural.

As árvores funcionam normalmente como um depósito para o gás carbônico, após absorvê-lo, devolvem à natureza os resíduos de oxigênio. Mas quando são derramadas e queimadas, o carbono que contem, assim poluentes - gases => Dióxido de Carbono - combustão de petróleo e de carbono, de incêndios florestais, Clorofluorcarbono - usado em aerossóis, pela indústrias de plásticos e em aparelhos de arcondiocionados e refrigeradores, Metano - produzido pela atividade agrícola, principalmente em lavouras de arroz e na criação de gado. Óxido Nitroso - de indústrias de fertilizantes químicos, queima de madeira e de combustíveis fósseis.

O efeito estufa é o aquecimento da Terra, ou seja, é a elevação da temperatura terrestre em virtude da presença de certos gases na atmosfera. Esses gases permitem que a luz solar atinja a superfície terrestre, mas bloqueia e enviam de volta parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela Terra. Estudos realizados mostram que nos últimos 160 anos a temperatura média da Terra sofreu uma elevação de 0,5 ºC e, se persistir a atual taxa de poluição atmosférica, prevê-se que entre os anos 2025 a 2050 a temperatura sofrerá um aumento de 2,5 a 5,5 °C. As principais conseqüências seriam a alteração das paisagens vegetais, que caracterizam as diferentes regiões terrestres, e o derretimento das massas de gelo, provocando a elevação do nível do mar e o desaparecimento de inúmeras cidades e regiões litorâneas. Na Antártida, cerca de 3 mil Km quadrados de geleiras virara água entre 1998 e 1999. Dezenas de ilhas da Oceania, entre elas Fiji, Nauru, Tuvalu e Vanuatu, correm o risco de submergir com o aumento do nível dos oceanos. No Recife, capital de Pernambuco, o contorno da praia está encolhendo ano a ano. Entre 1993 e 1999, o nível dos oceanos subiu entre 5 a 10 milímetros de acordo com estudos da Nasa, a agência espacial norte-americana. Estima-se que, nos próximos 100 anos, a elevação do mar pode ser de até 90 centímetros, como resultado do derretimento das geleiras dos pólos e da expansão da água devido à maior temperatura.

Durante o dia, a Terra é aquecida pelo Sol e a noite perde calor armazenado, tendo por conseqüência uma redução de temperatura, entretanto, com a camada de poluentes presentes, o calor fica retido na terra, provocando um aumento na temperatura média.

Para diminuir as emissões dos gases provenientes de queima do carvão e do petróleo, principais responsáveis pelo aquecimento global, governos de todo o planeta assinaram em 1997 o "Protocolo de Kyoto". O acordo obrigaria os países industrializados a diminuir entre 2008 a 2012 sua emissão de gases poluentes a um nível 5,2% menor que a média de 1990. Mas os Estados Unidos, o país que mais contribui para esses danos ambientais, retiraram-se do tratado em 2001.

Essas substância poluentes no ar atingem os seres humanos manifestando-se através de sintomas distintos: dores de cabeça, desconforto, cansaço, palpitações no coração, vertigens, diminuição do s reflexos (monóxido de carbono que, em concentrações elevadas, pode conduzir à morte), irritação dos olhos, nariz, garganta e pulmões (óxidos de nitrogênio); infiltração de partículas nos pulmões formando ácidos sulfúricos (óxido de enxofre); asma aguda e crônica, bronquite e enfisema (dióxido de enxofre); câncer (hidrocarbonetos); destruição de enzimas e proteínas (ozônio), degeneração do sistema nervoso central e doenças nos ossos, principalmente em crianças (chumbo).

Para espécies vegetais e animais, o aumento brusco da temperatura pode ser fatal. Na Antártida, por exemplo, as populações de krill (espécie de camarão bem pequeno) e de pingüins sofrem as conseqüências dos dias mais quentes. Os pingüins estão sumindo aos poucos. O número dessas aves diminuiu 33% nos últimos 25 anos, em decorrência do derretimento do gelo. O krill, crustáceo adaptado aos mares gelados, pode não resistir à sensível variação no termômetro. Só que o krill é a base da cadeia alimentar da região. Sem ele, haverá uma alteração brutal no ecossistema antártico. O resto do mundo não está livre de ameaças. Assim como no continente gelado, o efeito estufa afeta todos os ecossistemas, causando alteração nas cadeias alimentares e provocando, portanto, desequilíbrio ambiental.

Os gases:

* Óxido Nitriso

Origem

Natural: decomposição de nitrogênio

Humano: indústria de fertilizante, combustão de petróleo

Duração: 150 anos

* Metano

Origem

Natureza: decomposição vegetal ou animal protegida do ar

Humana: criação de gado, produção petrolífera

Duração: 10 anos

* Hidrofluorcarbono

Origem

Natureza: nenhuma

Humana: aerossóis, refrigeradores,arcondicionados

Duração: 40-250 anos

* Hexafluoreto

Origem

Natural: nenhuma

Humana: equipamento eletrônicos

Duração: 3,2 mil anos

* Polifluorcarbono

Origem

Natureza: nenhuma

Humana: produtos derivados da fundação do aluminio

Duração: variável

* Dióxido de Carbono

Origem

Natureza: oceanos decomposição vegetal, respiração de animais

Humana: queima de combustíveis fósseis 9carvão, petróleo, gás)

Duração: 120 anos

Brasil é responsável pela emissão mundial de 3% dos gases do efeito estufa.

O Brasil é responsável por 3% das emissões mundiais de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. De acordo com o inventário brasileiro de emissões, divulgado nesta quarta-feira pelo governo, por ano, são lançados do país na atmosfera pelo menos 1 bilhão de toneladas de gás carbônico, 11 milhões de toneladas de metano e 500 mil toneladas de óxido nitroso. Esses três são os principais gases do efeito estufa. Esse é o primeiro estudo feito no país e são referentes ao período entre 1990 e 1994.

O documento faz parte dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil na Eco-92, a conferência de cúpula da ONU sobre meio ambiente realizada no Rio, em 1992. Os números serão apresentados na sexta-feira, dia 10, na 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas, em Buenos Aires.


Para minimizar o impacto dos dados, o governo fez o anúncio dos números numa apresentação que, além do ministro da Ciência e Tecnologia, contou com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além de representantes do Itamaraty e do Ministério da Agricultura. No encontro, cada um deles fez uma exposição sobre as providências do governo para reduzir o impacto da emissão de gases

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